A ciência purifica a religião da superstição, e a religião purifica a ciência dos falsos absolutos. (João Paulo II)
No passado dia 31 de Maio, Bento XVI reflectiu sobre ecologia na Homilia da Solenidade de Pentecostes.
Uma das imagens na narração do Pentecostes é aquela de um "vento impetuoso" que leva o Papa a pensar no ar. Diz ele que «o que o ar é para a vida biológica, o Espírito Santo é para a vida espiritual; e dado que existe uma poluição atmosférica que envenena o ambiente e os seres vivos, assim há também uma poluição do coração e do espírito, que mortifica e envenena a existência espiritual». Assim como se corrompe a ecologia ambiental, também se pode corromper a ecologia espiritual. Tudo o que polui a mente e o coração, «imagens que espectacularizam o prazer, a violência e o desprezo pelo homem e pela mulher», conduz a um desequilíbrio da ecologia espiritual. Diz ainda Bento XVI como é precioso respirar o ar puro. No caso dos pulmões refere-se ao ar físico, no caso do coração ao ar espiritual. O que é o ar espiritual? O amor.
Quanta dificuldade tem o homem em respirar o "amor"? Podemos imaginar quão fácil é hoje poluir o «ar salubre do espírito que é o amor»? Fala-se tanto de amor que podemos questionar se sabemos ainda o que é o amor. São João diz-nos que "Deus é amor" (1 Jo 4, 16), em São Mateus encontramos Jesus que nos diz para baptizarmos em nome do Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 28, 19) porque Deus é Trindade, Pessoas-em-Comunhão, relação, logo, ao falarmos do amor como ar espiritual estamos a falar de relacionamentos, de amor na relacionalidade. Cuidar do ar espiritual é, assim, cuidar dos relacionamentos. Quando prejudicados, prejudicado é o amor e poluído o coração.
Desta forma, tal como João Paulo II ligou na Centesimus Annus a ecologia ambiental à ecologia humana, Bento XVI fecha o ciclo ao ligar ecologia ambiental à ecologia espiritual, uma vez ser evidente a ligação entre as ecologias humana e espiritual. A partir de agora, o equilíbrio ecológico depende da tríade ambiente-homem-espírito. Quando um é afectado, todos o são, porque é o amor que tudo liga e ao qual tudo está ligado. Amor que vai e vem, ou seja, que é recíproco.
Publicado por Miguel Oliveira Panão, no seu Blogue
Doutorado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico; vencedor do prémio de melhor investigador em Engenharia Mecânica da Universidade Técnica de Lisboa em 2008; co-autor de uma patente em sistemas de gestão térmica com sprays intermitentes; colaborador no Centro de Estudo de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa na área de Ética para Situações-Limite.
AVES NA RIA DE AVEIRO
A Capa do Livro
O Cartaz de divulgação da Exposição
Exposição e apresentação do Livro "Aves na Ria de Aveiro"
A Prof. Esmeralda Souto, Ex-Presidente da Junta de Freguesia, a Formadora Susana Matos,o Prof. Joaquim Barbosa, actual Presidente da Junta e António Mendes Pinto, autor da Exposição e do Livro.
Para além do apoio na cedência do espaço para a Exposição, o Livro “Aves na Ria de Aveiro” teve o Patrocínio da Junta de Freguesia de Ovar
Para ver mais fotos da Exposição e das páginas do Livro, por favor clique na Página em construção, ao lado, que tem o título "Aves na Ria de Aveiro".
A questão da terra e a Igreja Católica no Brasil
Pe. José Oscar Beozzo *
1- Para as centenas de povos indígenas que ocupavam a Pindorama, a terra das Palmeiras, seja a terra, sejam as águas vindas da terra por fontes, mares e rios ou caídas do céu por chuvas e orvalho, sejam as matas ou sementes, plantas e tubérculos, sejam os animais e pássaros estavam carregados de um sentido sagrado: escondiam e revelavam o mistério da divindade. A terra era sagrada, fonte de vida e alimentação, lugar de comunhão com as forças da natureza e por último com o próprio criador, pai e mãe de todas as coisas e também dos humanos. Abrigava também os espíritos maus que traziam doenças e a morte. Se não tinham senso de propriedade privada, pela forma familiar e comunitária de vida e trabalho, demarcavam e defendiam e seu território de caça, pesca, colecta ou plantio, como garantia de sobrevivência da tribo.
* Coordenador geral do Cesep (Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular). Vigário da Paróquia São Benedito em Lins. Membro e ex-presidente do Cehila (Comissão de Estudos da História da Igreja no Brasil e na América Latina)
Texto publicado no Fórum Franciscano de Meio Ambiente
Cerca de 6.000 ha de águas livres constituem o habitat de toda a fauna piscícola que existe na Ria de Aveiro. A enguia (Anguilla anguilla), a taínha (Mugil cephalus), a solha (Platichthys flesus), o robalo (Dicentrarchus labrax), o caboz (Gobius minutus) e o rodovalho (Scophthalmus maximus) são algumas das espécies típicas que aqui aparecem.
Mas, além dos peixes, aqui se encontram também várias espécies de crustáceos, moluscos, vermes e outros invertebrados que desempenham um papel fundamental nas cadeias alimentares deste ecossistema.
As águas livres são ainda o habitat das algas e de várias outras plantas aquáticas que ao atapetarem o leito dos canais retiram energia às correntes de maré e fornecem abrigo à fauna aquática, sobretudo no período da desova.
Entre os crustáceos salienta-se a presença do caranguejo-comum (Carcinus maenas) e entre os moluscos destacam-se o berbigão (Cardium edule) e os burriés (Littorina littorea).
No que diz respeito às algas existem várias espécies, das quais referiremos a folha (Uiva lactuca), o limo (Enteromorpha intestinalis), a gorga (Chara aspera), a Gracilaria verrucosa, e o Lamprothamnium papulosum,entre outras.
É também nas águas livres que vivem várias espécies de aves, sobretudo patos (Anas sp. e Aythya sp.), gaivotas (Larus sp.), andorinhas-do-mar (Sterna sp.) e corvos-marinhos-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo).
Nas águas dos canais mais tranquilos e menos poluídos ainda é possível observar duas espécies muito raras hoje em dia por toda a Europa, a lontra (Lutra lutra) e a águia-pesqueira (Pandion haliaetos).
As águas livres constituem também um dos biótopos que mais sofrem os efeitos da poluição industrial e urbana.
Texto do Eng.º Álvaro Reis no seu Livro RIA DE AVEIRO Memórias da Natureza de 1993
As duas fotos que se seguem são do Jornal QUERCUS AMBIENTE
Andorinhas-dos-beirais
Das cinco espécies de andorinhas que ocorrem habitualmente em Portugal, a andorinha-dos-beirais, que gosta de construir os seus ninhos sob os beirais das casas, é, provavelmente, a mais conhecida das pessoas que moram em zonas urbanas.
(Texto e foto: Gonçalo Elias do Jornal da Quercus)
A Convenção de Albufeira
Partilha de rios ibéricos
Portugal partilha com Espanha 5 bacias hidrográficas: Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana, as quais cobrem cerca de 65% do território nacional. Situado a jusante, Portugal tem de suportar as alterações nos regimes de caudais e na qualidade da água provocadas pela utilização de água na vizinha Espanha.
(Texto de Sandra Oliveira, do Jornal da Quercus)
A ave mais pequena da Europa
Qual é a ave mais pequena de entre todas as que ocorrem na Europa? Esta é uma pergunta que é colocada com frequência por quem se interessa pela observação de aves.
Nome vulgar: Estrelinha-real
Outros nomes vernáculos: Estrelinha-de-cabeça-listada, Bis-bis (Madeira)
Nome científico: Regulus ignicapilla
Dimensão: 8 cm
Descrição: muito pequena, tem a plumagem esverdeada; o padrão da cabeça é característico, com uma lista alaranjada ao centro, que é ladeada por duas listas pretas, as quais confinam com duas listas brancas.
Espécies semelhantes: a estrelinha-de-poupa é muito parecida, mas falta-lhe a lista supraciliar branca.
Habitat: bosques bem desenvolvidos, especialmente de resinosas; no Inverno também ocorre em folhosas.
Distribuição: durante a época reprodutora distribui-se por quase todo o território a norte do Tejo, sendo especialmente comum em zonas serranas e estando apenas ausente das zonas mais áridas; durante o Outono e o Inverno também aparece no sul do país; o bis-bis distribui-se por toda a ilha da Madeira.
Estatuto migratório: os indivíduos nidificantes poderão ser parcialmente residentes, mas não há dúvida de que chegam a Portugal inúmeros indivíduos invernantes.
Gonçalo Elias
Foto: Pedro Marques
(Do Jornal QUERCUS AMBIENTE)
AVIFAUNA DA RIA DE AVEIRO
A espécie, após ter abandonado a região como nidificante no final da década de 70, reaparece em 1990, nidificando desde então em vários locais desta zona húmida.
Em 1991 aumenta o número de ninhos ocupados e, em 1992, graças à campanha de instalação de ninhos artificiais então iniciada pelo Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS) em todo o país, vários ninhos foram ocupados com sucesso reprodutor na Ria de Aveiro.
Texto do Eng.º Álvaro Reis no seu Livro RIA DE AVEIRO Memórias da Natureza de 1993
Não há soberania alimentar sem reforma agrária
Para um plenário formado por representantes de movimentos sociais de todos os estados brasileiros, o geógrafo Ariovaldo Umbelino defendeu a Proposta de Emenda Constitucional - PEC, com o objectivo de limitar até 35 módulos fiscais as propriedades rurais no Brasil. No seu entendimento, essa limitação é necessária para que se cumpra a função social da terra, determinada pela Constituição Brasileira. E afirma: "Em nosso país, temos a estrutura fundiária mais concentrada do mundo. Aqui, as dimensões são de milhões de hectares". Ele apoia a limitação da propriedade da terra para que se realize uma autêntica reforma agrária e se dê prioridade à produção de alimentos.
Ariovaldo Umbelino, sob o tema “O contexto histórico e a perspectiva da luta pela terra no Brasil" para os participantes do 2ª Plenário Nacional de Organização do Plebiscito Popular pelo Limite da Terra.
Ariovaldo é professor titular de geografia agrária da Universidade de São Paulo - USP e assessor da Via Campesina em Tocantins.
(Da Pastoral da Ecologia do Rio Grande do Sul)
“Um olhar ecológico vê o ambiente inteiro, as interacções do ser humano com o Meio Ambiente, os animais, as plantas e todas as formas de vida. Precisamos olhar a Política, a Economia, a Religião, a Sociedade e as mais diversas áreas de acção e do conhecimento humano numa óptica ecológica”. (Frei Pilato Pereira, autor do Blogue Olhar Ecológico-Brasil)
“Um olhar ecológico vê o ambiente inteiro, as interacções do ser humano com o Meio Ambiente, os animais, as plantas e todas as formas de vida. Precisamos olhar a Política, a Economia, a Religião, a Sociedade e as mais diversas áreas de acção e do conhecimento humano numa óptica ecológica”. (Frei Pilato Pereira, autor do Blogue Olhar Ecológico-Brasil)
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