3 de ago. de 2010

S.JOÃO MARIA VIANNEY - Santo Cura de Ars - 4 de Agosto


Estas palavras que brotarão de seus lábios quando já era homem adulto, podem servir de esboço para o seu retrato: «dizia-me minha santa mãe com frequência: Olha, meu Joãozinho, se te visse ofender o bom Deus, tu me darias mais pena do que qualquer dos meus filhos»,
- «Quando estava no campo, agarrado à pá e à enxada, rezava»,
- «Quando já era jovem dizia para comigo: "Se fosse sacerdote gostaria de conquistar muitas almas para Deus»,
- Concedei-me a conversão da minha paróquia; em troca, aceito sofrer tudo quanto quiserdes toda a minha vida».
- «Que é que você faz durante tantas horas diante do sacrário?
- Ele espera por nós».
- «Meu Deus, como me rende o tempo com os pecadores! Quando estarei com os santos?»...
Estas frases são do santo que nada teve de extraordinário nem na infância nem na juventude. Nasceu no mês da Virgem, em Maio, no dia 8 de 1786, de pais honrados, cristãos mas pobres. Foi baptizado no mesmo dia em que nasceu. Aos nove anos, ainda não sabia nada a não ser um pouco de catecismo. Aos onze, recebeu os sa¬cramentos da Penitência e da Eucaristia. Eram maus os tempos que então atravessava a França.
Pela mente de João Maria passou sempre o desejo de chegar um dia a ser sacerdote... Mas não sabia nada e não havia professor que estivesse disposto a ensinar-lhe as primeiras letras. Tinha muita dificuldade em aprender. Por fim entrou no seminário. Tinha 25 anos quando, em 1811, recebe a tonsura clerical. Nos anos seguintes começa os estudos filosóficos que não lhe entram com facilidade na cabeça. Por fim, em Junho de 1815, recebe o diaconato. Foi uma grande alegria para ele.
Mas os superiores duvidam se deve ou não ser ordenado sacerdote, ou se deve abandonar o seminário, porque o sacerdote, pensam, deve ser um homem de estudos e João Maria não tem nenhuma propensão para eles. Perante aquela dúvida recorrem ao Sr. Bispo e este pergunta: «ama a Maria?» - sim, sim, mais do que ninguém! «Sabe rezar o santo rosário?» - Sim, com mais devoção e melhor que ninguém responde o Reitor. - «Pois, sob a minha responsabilidade, ordená-lo-ei sacerdote, e ele desempenhará melhor o seu ministério que qualquer outro». E não se enganou.
Era o dia 13 de Agosto de 1815, quando recebeu o dom do sacerdócio. Saltou de alegria. Já era o que tanto desejava ser. Já esta¬va disposto a morrer pelo rebanho que lhe fosse entregue.
Ars era uma aldeia pequena e pobre, e para lá foi destinado este homem cheio de ideais e com grande vontade de dedicação. Tinha 230 almas aquele aldeia. Disse-lhe o bispo, com pouca vontade de o enganar: «Vá para essa paróquia. Aí não há muito amor a Deus, mas você poderá despertá-lo». E assim foi de verdade. Aquela montanha de gelo ...com os anos converter-se-á em forno ardente de fogo. O que ali encontrou foi desolador: quase ninguém cumpria o preceito dominical. A blasfémia abundava. Os ódios e vinganças estavam na ordem do dia. Bem depressa mudará tudo isso, graças à santidade, deste padre que passa dezasseis horas diárias no confessionário, que mal tem tempo para comer ou dormir, e que vive inflamado no amor por Jesus Eucaristia e pela Virgem Maria.
Toda a sua vida se resume neste grito: «para salvar os pecadores ficaria no mundo toda a minha vida». Já em vida o chamavam «o Santo Cura de Ars». Ele brincava, mas sabia que «Ars já não era Ars». Ali amava-se a Deus e os homens uns aos outros. Podia morrer tranquilo. Foi o que aconteceu no dia 4 de Agosto, quinta-feira, em 1859.

(Ilustração e texto do Livro dos Santos do Mês da Editorial Missões)





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