15 de out. de 2010

SANTA MARGARIDA MARIA DE ALACOQUE - 16 de Outubro - Imagem ajoelhada aos pés do Sagrado Coração de Jesus, no Altar do Santíssimo Sacramento da Igreja Matriz de Ovar


Santa Margarida de Alacoque


Margarida, como Bernadette de Lurdes, sofreu bastante,
tanto dos homens como da vida.


Foi formada na dura escola da provação.
Desde a sua adolescência, desde a sua juventude,
uma parentela hostil fez-lhe viver,
assim como a sua mãe, horas difíceis.


Era preciso que aprendesse experimentalmente
o que Jesus um dia lhe havia de dizer:
«eles (os homens) não têm senão frieza, e recusa,
para toda a minha solicitude em lhes fazer bem …»


Menosprezada, Margarida não se concentra, todavia,
sobre si mesma, num estéril rancor:
a sua candura atrai as crianças, e ela esforça-se
por as guiar para o Senhor.


Uma vez religiosa, depois de um dilacerante adeus a sua mãe,
entra decididamente na sua vocação de filha
de «São Francisco de Sales».


Mas surge o imprevisto: o Coração de Jesus, apaixonado
de amor pelos homens, e que deles só recebe «recusas»,
revela-se à pobre Margarida confundida ...


Confundida, porque se trata de repetir aos homens
a eterna Mensagem dos Profetas: o Amor não é amado.
«Veio para os seus, e os seus não o receberam».


Dura missão dos «profetas»!
Jeremias, achincalhado, é lançado numa fossa...
Margarida, «considerada como visionária, hipócrita, entontecida
pelos seus sentimentos e devoções».


Margarida, corajosa sob a tormenta, humilde,
aspirando apenas a «estar vazia e despojada de tudo,
nada amar senão a Ele, n'Ele e por amor d'Ele».


Margarida diz humildemente a Mensagem do Mestre.
Ela nada traz de novo à doutrina católica,
mas contribui, em toda a parte onde a sua Mensagem
foi acolhida com fé, para renovar a piedade católica,
que compreendeu melhor que «a essência da religião
cristã» é ser uma «religião de amor».


«Cristo Nosso Senhor, mostrando o seu Coração sagrado,
quis, duma maneira muito especial e extraordinária,
levar o espírito dos homens a contemplar, a honrar,
o mistério do Amor misericordioso de Deus
pelo género humano» Haur. Aquas, 52.


Margarida sofreu na sua vocação de saber e de dizer
que «o Amor não é amado», mas em nada foi afectada por isso:
«recomendo-te sobretudo que te mantenhas alegre, jovial
e contente, porque é o verdadeiro sinal do espírito de Deus,
que quer que o sirvamos com paz e satisfação,
nunca se mostrando acanhada ou constrangida»
                                                            conselho, Obras, lI, 664.



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