O Pároco de Ovar, Padre Manuel Pires Bastos, no início da Celebração da
Palavra de Deus antes da saída da Procissão
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D.João Lavrador marcou a sua presença, sendo a primeira vez que um Bispo participa nesta Seiscentista Procissão
A Igreja Matriz de Ovar esteve repleta de fiéis para participarem na
Celebração da Palavra de Deus
Estiveram presentes as Fraternidades da Ordem Franciscana Secular de Aveiro, Borralha, Póvoa de Varzim, Azurara, Vila do Conde, Braga, Penafiel, S. João da Madeira e Vila Real
A Vice-Ministra Vera Marques Cruz fez as saudações ao Sr. Bispo e às Fraternidades presentes - A multidão esperando pela Procissão
O andor com a Imagem de Nossa Senhora da Conceição
O andor dos "Bem Casados" - S. Lúcio e Santa Buona
Estas Imagens representam S. Francisco entregando ao primeiro casal
a Regra da Ordem Terceira aprovada por Honório III em 1221
O andor com a Imagem de Santa Rosa de Viterbo
Santa Rosa de Viterbo foi canonizada em 1457, por Calisto III
O andor com a Imagem de S. Francisco prostrado nas silvas
Esta Imagem simboliza uma passagem de sofrimento na vida de S. Francisco.
O andor com a Imagem de Santa Margarida de Cortona
Santa Margarida de Cortona foi canonizada em 16 de Maio de 1728 por Bento XIII
O andor com a Imagem de Santo Ivo, Doutor Inglês - Patrono dos Advogados
Santo Ivo foi canonizado em 1447 por Clemente VI
O andor com a Imagem de S. Roque de Montpellier
S. Roque nasceu em Montpellier, França e morreu em 16 de Agosto de 1327
O andor com a Imagem de S. Luís Rei de França - Um Terceiro Franciscano enviado
por Deus a fim de exercer no seu país o ofício de rei.
S. Luís Rei de França foi canonizado em 1297 por Bonifácio VIII
O andor com a Imagem de Santa Isabel da Hungria - Em 1227 entrou para a
Ordem Terceira e fundou um Convento de Franciscanas em 1229
Santa Isabel da Hungria foi canonizada em 1235 por Gregório IX
O andor com a Imagem de Santa Isabel Rainha de Portugal
Santa Isabel Rainha de Portugal foi canonizada em 1625 por Urbano VIII
O andor com a Imagem de Santo António de Lisboa - Da I Ordem Franciscana
Santo António de Lisboa um dos Santos que mais cativou o coração e a estima do povo
O andor com a Imagem de Santa Clara de Assis, fundadora da II Ordem "As Clarissas"
Santa Clara de Assis foi canonizada em 11 de Agosto de 1255 por Inocêncio IV
S. Francisco abraçado a Cristo - Este andor representa o momento em que
S. Francisco na Igreja S. Damião ouve a voz do Senhor que diz:
"Vai Francisco e repara a minha Igreja que está em ruínas
Para a posição das Imagens o escultor inspirou-se no quadro do famoso pintor Murillo
O regresso à Igreja Matriz - Ao fundo vê-se a Capela de N.ª S.ª da Graça,
(uma Capela erecta à Ordem Terceira de S. Francisco de Ovar
O andor da Ordem - Representa a passagem da vida de S. Francisco em que ele,
no Monte Alverne recebe os Estigmas
A Procissão dos Terceiros é das mais grandiosas do país.
Ovar pode orgulhar-se de ser talvez a melhor.
Que grandiosidade mostrou a passagem dos 14 Andores, das Irmandades do Santíssimo Sacramento de Ovar, Válega e S. João de Ovar,as Fraternidades Franciscanas de diversas localidades do país, dos Escuteiros de Ovar, das Crianças com as respectivas alfaias, dos Acólitos, do Pálio com a presença de D. João Lavrador, do Pároco de Ovar e do Padre Benjamim Silva pelas ruas da nossa cidade!
"Que exemplo mudo, mas tão significativo e transcendente, dão aquelas Imagens de ascetas que nos precederam na fé e amor a Cristo!" (João Fernandes Arada e Costa)
(Brevemente serão colocadas fotos com: O Conselho da Ordem Terceira de Ovar, Os Autarcas, Os Acólitos, o Pálio, a Banda Filarmónica Ovarense e as Fraternidades Franciscanas presentes nesta Procissão)
Uma prova de amizade e de bairrismo
Publicado no Jornal João Semana, em 2005
No ano passado (2004),foi publicado neste Semanário um pequeno texto acompanhado com uma foto de uma Equipa de Futebol de Salão que participou, em 1976, num Torneio amador, envergando as camisolas Mar e Sol, uma pequena empresa industrial que existiu aqui em Ovar entre 1971 a 1989.
Quando escrevi o texto no ano passado, imaginei uma boa recepção por parte dos amigos que fizeram parte da equipa, presumindo que iriam gostar. Mas não pensei que viesse obter um resultado tão feliz, como foi a iniciativa de promoverem um jantar convívio, no passado dia 13 de Maio, no lugar da Ribeira, na Adega - Restaurante do Centro Columbófilo.
Como disse num breve discurso, a formação daquela equipa em 1976 e, agora, a iniciativa de promoverem este jantar, foram acontecimentos marcantes na minha vida, os quais lhes agradeço, não deixando também de agradecer a Deus, pois é Ele que toca os corações dos homens para que tenham bonitos gestos como este de, passados quase 30 anos, se juntar um grupo de amigos para recordarem as peripécias ligadas àquela actividade desportiva.
É que a vida não pode nem deve ser vivida com excesso de más recordações... Nem haveria ser humano que resistisse!
Como já tenho citado em escritos nos Jornais, a lógica de avaliar a pessoa pelo Ter e não pelo Ser é a que mais tem prevalecido. E essa lógica tem levado ao insucesso muitos cidadãos empreendedores e trabalhadores.
A tendência da nossa civilização materialista do pós/25 de Abril 1974 é a de admirar as pessoas de sucesso. Mas estes meus amigos mostraram que, para eles, não é o sucesso que mais conta, mas sim a amizade e o bairrismo, e que não é o insucesso que os impede de práticas e gestos nobres como foi o de terem promovido este jantar convívio, ao qual se associaram mais dois amigos.
Pela mão de um dos atletas da equipa - o Victor Manuel Oliveira foi-me oferecida uma salva de prata com o meu nome e a data do jantar gravados. Foi mais um gesto surpreendente, pois sinto que nada fiz para o merecer.
Entre as 20h30 e as 24h00 horas, recordaram-se peripécias passadas há quase 30 anos, e contaram-se histórias reais daquele tempo, algumas delas hilariantes (pela forma como eram contadas), pois que na equipa há elementos com talento e graça para contar histórias capazes de provocar sucessivas gargalhadas. Posso mesmo dizer que há mais de uma década que não me ria tanto!
A Equipa tinha os seus delegados, e neste jantar o Victor Manuel Oliveira lembrou um deles, que já não se encontra entre nós nesta vida terrena, o seu primo José Eduardo Oliveira, o conhecido e saudoso Presidente da Ovarense, que foi vítima de um violento e mortal acidente de viação. Já naquela época se via no José Eduardo o gosto pela actividade desportiva.
Como disse no final do discurso deste jantar, naqueles momentos senti-me um homem rico. Rico não da riqueza que tantos ambicionam e que em algumas pessoas provoca o snobismo, mas de uma riqueza espiritual que advém da amizade demonstrada por este grupo.
Disse riqueza espiritual, porque vejo Deus nas coisas boas que nos acontecem. E este jantar foi, na verdade, um gesto bonito e uma coisa boa que aconteceu.
António Mendes Pinto
(Publicado no Jornal João Semana em 2005)
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